segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

É estranho querer sem conhecer.
Desejar sem saber.
Uma primeira alegria com olhos atraentes, e uma segunda com conversas divertidas.
Espantou saudades, e trouxe vontades.
O medo existe, como se já fizesse parte de mim. Não bloqueia, só dá medo.
Causou-me desejo de conhecer, mesmo sem saber.
Uma vontade que já existia, só precisava de um estopim.
Estourou e não cessa. E na verdade não espero que cesse:
- tenho sede de novos conhecimentos.

sábado, 6 de dezembro de 2008

“Um dia me disseram que as nuvens não eram de algodão...”


Um dia me contaram que aqueles floquinhos branquinhos que eu via passeando pelo céu não eram algodão, nem tampouco eram doces.
Mas eu não acreditei.
Sonhava com a luz que existe por trás daquelas brancas nuvens.
Um dia me falaram sobre amor.
E julguei ser a melhor de todas as coisas mágicas.
Um dia me falaram sobre morte.
E julgava compreendê-la, mas de mim esta foi sempre tão distante.
...até então.
É que agora as nuvens têm conceitos científicos, a luz por trás delas queima minha pele, o amor mostrou-me seu lado sem magia e a morte aproximou-se.
Descobri, mesmo em poucos anos de vida, que a magia não está presente 100% do tempo. Mesmo que esteja em todo o mundo.

As pessoas me enfurecem com a suposta maturidade que vem arrastada pelos 18 anos e essa “nova fase da minha vida” onde muitas coisas ficarão para trás. Percebo que a cada dia coisas se esquecem, pessoas somem, sentimentos desaparecem, e tudo muda. Cada ano é uma nova fase de minha vida, e isso começou lá na minha concepção. Pra quê somente aos 18 anos?
Não quero afastar a magia de minha vida. Percebo que boa parte dela é fruto de fantasias que minhas idéias mirabolam, e frustro-me temporariamente. Depois as idéias borbulham novamente: produção em grande escala de fantasias mágicas e magias fantasiadas.
Não me atrevo a ser feliz sem um sonho. Nem tampouco desejo contentar-me com o que me é imposto. E talvez mudar o mundo não seja uma idéia assim tão longe. Posso mantê-la enquanto suportar.

Enquanto isso eu gosto de crer em estrelas de brilho raro, encanto-me com as histórias de bruxaria e encaro o amor como a melhor de todas as coisas mágicas, mesmo que este não me conheça.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

A ansiedade e o medo explicam-se.
E isso acontece enquanto meus lábios ainda estão molhados dos teus.
Abaixo desse caderno em que escrevo está a Neuroanatomia, as páginas que ainda não li, e o medo que chegue 8hrs sem eu ter conseguido decorar pelos menos o Diencéfalo.
Sobrecarrego minhas funções límbicas, esqueço as cognitivas, entendo o Telencéfalo. Mas ainda não sei o praquê do Diencéfalo.
Te entendo, não compreendo e posso não aceitar.
[ Não posso?! ]
Tentativas inacabáveis, e desistências causadas por algo-que-não-tem-nome.
Um sentimento que não acontece e beijos que acabam antes de terminarem.
Acabam antes de terminarem...

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Saudades...



E eu, que não conhecia a morte, pude vê-la de perto.
Ela o levou numa noite de diversão entre amigos, mas só chegou aos meus ouvidos na tarde seguinte.
Uma batida desritmada no coração.
Armas.
22 anos.
Morte.
Um mundo em que ninguém compreende um sonho, e desconhece o que é a vida.
Desesperei-me. De um modo que nunca dantes havia me acontecido.
Os planos para o fim do ano perderam a graça. E vai faltar alguém no meu aniversário.
Olhei para aquele canto da praça em que ele se sentava na sua hora de almoço. E ele não estava lá. Nem nunca mais vai estar.
Não sei como reagir à morte.
Não penso em outra coisa senão na imagem dele, deitado. Flores cobriam-lhe até o pescoço. Seus olhos estavam fechados, seus lábios em um sorriso. Aquela paz. Ele parecia estar dormindo. E estava feliz.
Suas mãos juntas seguravam um terço. E por várias vezes pensei em Deus. Recorri a Ele como refúgio. Repudiei-o por ter levado um amigo de mim. Mas depois entendi que tinha que ser. O sorriso do Banana confortou-me: ele já está num lugar bem melhor do que o nosso. Em paz.
Então eu participei da oração ao redor daquele garoto. Olhava-o.
Foi a hora certa. É o que eu tenho acreditado.
A paz em seu rosto nos dizia isso, mesmo sem ele mexer os lábios.
Agora a Rua Nova ficou meio vazia: cadê aquele Chevetinho?
Mas a gente sabe que Você* cuida da gente aí de cima!
E Você* vai ta sempre presente entre nós!

Saudades, Banana!

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Presente-futuro

A vida continua mudando, e o medo que tinha do futuro já não me preocupa mais. O presente tem me ocupado demais! Tanto, que o futuro tornou-se apenas conseqüência desse.
Estudando para garantir o futuro.
Saindo para encontrar amigos e conhecer pessoas.
Aprendendo a beber para curtir a vida.
E estudando para garantir o futuro.
A psicologia me fascina! E minhas experiências com humanos me fazem gostar cada vez mais dessa tal ciência.
Gosto tanto que já escrevo para receber reforço.
*carinho*carinho*
O problema é que daqui a pouco *carinho* não me bastará. Que seja esperto o experimentador e mude o reforço para chocolate ou amor.
Chocolate ou amor.
Poderia movimentar-me única e exclusivamente com esses dois combustíveis. E sem nem precisar da combustão.
O hardcore no rádio me faz lembrar quem sou, e a mpb ajuda a encontrar-me.
E agora sinto vontade de chocolate.
Então lembro que amanhã, 8 h, tenho aula, Neuroanatomia Funcional.
Estudando para garantir o futuro.
O medo do futuro já não me preocupa. Mas o futuro me causa preocupação.
Então eu estudo.
Boa noite. Vou esquecer o futuro, sonhar com férias, e já volto.


[3/11 – 23h35min]

sexta-feira, 31 de outubro de 2008


É que esses dias, enquanto tentava me concentrar em qualquer coisa que passava na televisão, senti o cheiro. Aquele cheiro que não sentia há meses. Aquele que só nós dois sentíamos.
Foi do nada. Por volta dos dias em que achei ter extinguido aquele sentimento. Um sentimento que por vezes já não digo, nem mesmo escrevo. O mesmo que cheguei a dizer que já não sinto.
E o mesmo que, de tempo em tempo, me faz escrever sobre aquele garoto.
Ele era um garoto, até tornar-se homem. Ele era um homem, até perceber que é ainda um garoto.
E essa garota aqui, confundindo-se nos seus estados alternados de menina-mulher, desesperou-se ao ver esse garoto (homem?) longe de ti.
Desesperei-me. Mas já não me encontro nesse desespero. É só o vazio, que volta de acordo com o vento.
O mesmo vento que derrubou meus castelos na areia, aqueles que construí com minhas próprias mãos sob o olhar brilhante e atencioso dele.
E agora tento sentir algum cheiro de novo. Mas o único que sinto é o do cloro da água da piscina que ainda não saiu do meu corpo.
Pelo menos os textos ainda estão na 3ª pessoa, meu auto-controle por vezes funciona.
O sol ainda ta brilhando la fora, vou voltar pra piscina porque ainda não consigo me concentrar na televisão.

sábado, 18 de outubro de 2008

Parágrafo Padrão



Plano de escrita
- assunto: minha personalidade
- delimitação do assunto: como eu vejo minha personalidade
- objetivo: apresentar algumas características da minha personalidade
- público-alvo: leitores do meu blog ou curiosos apenas
- tipo de linguagem predominante: definição ou conceituação; causa e conseqüência; comparação ou confronto; analogia; ordenação temporal

Tópico frasal Eu sou uma garota com nem 18 anos, com uma personalidade difícil de se descrever. Desenvolvimento Apresento-me como estressada e por conseguinte grossa. Enquanto em contraste atenciosa e compreensiva. Caracterizo-me pela afetividade que transbordo, e também machuco-me pela mesma. Semelhante a uma criança, sou divertida, engraçada e bem alegre. Da mesma maneira sou frágil e insegura, como essa mesma criança. Ontem buscava a Terra do Nunca, atualmente junto a essa busca, fujo do Reino do Nunca Mais. Conclusão Concluo me identificando numa pluralidade de definições, afirmando a dificuldade de descrição e assustando-me com tanto padrão.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Há momentos em que nada me satisfaz.
Palavras não me seduzem.
Gestos não me atraem.
Sonhos não me bastam.
Momentos em que o silêncio me ensurdece. E o barulho me enlouquece.
E quando olho distante, me vejo correndo na direção de alguém sem face (e fui eu quem lhe arranquei os traços).
E continuo na corrida, a única na qual não me canso.
Eu corro com as lágrimas molhando-me a face, e sem nenhuma gota de suor.
Corro com um sorriso nos lábios e um brilho nos olhos.
Corro com um vento cortante gelando-me as orelhas e a ponta do nariz.
Corro.
Se andar calmamente, as pedras que formam aqueles paralelepípedos se movem na direção oposta, e carregam-me. Mesmo que contra o vento.

Há momentos em que nada me satisfaz.
Ouço a vida lá fora, os sons entrando pelas frestas da porta balcão. Protegida do frio, no meu quarto tudo é silêncio, exceto pelo tic-tac que não cessa. Enquanto por dentro de tudo: borbulhos.

A verdade é que há momentos em que nada me satisfaz.

domingo, 21 de setembro de 2008

Minha mente rodopia formando espirais.
O vento que me tem causado frio nesses dias bagunçou tudo em mim: meu cabelo, minhas lembranças, meus sentimentos. E os acontecimentos tornaram esse vendaval ainda mais confuso.
Há uns meses, meus olhos sozinhos, procuravam os dele. Há uma semana, meus olhos sozinhos, encontraram os dele.
Foi o único rosto que enxerguei entre tantos.
Nossos olhares se cruzaram, e assim permaneceram por segundos que valeram-me a eternidade.
Sem nenhuma palavra.
Ainda enxergo a imagem daquele rosto, de olhos fechados ou não. Mas ver aquele olhar (sempre com uma cor mágica de melancolia) fixado em mim, de uma forma que há muito não fazia, estagnou-me.

Eu jurei não escrever mais momentos sobre ele, mas a única diferença é que agora eles estão na 3ª pessoa.
Arrisco em minha vida, mas acabo chegando próximo a ele. O animal sentimental não escolhe a quem se apega.
Tantas mudanças, tantos acontecimentos, e eu continuo escrevendo futilidades sobre aquele garoto.
Uma sensação horrível vem tomando conta de mim, e aumenta a cada dia.Melancolia.Um espaço cada vez maior e mais vazio.
Falta-me tudo, començando por um abraço em que possa me aconchegar e em que me sinta inundada por afeto. Alguém a quem contar os mais bizarros desejos, os mais inocentes sonhos e as mais ousadas fantasias.
As relações superficiais me entorpecem e já não me satisfazem.
Talvez alguns digam: "É carência!" E talvez seja isso mesmo.
Mas seja qual for o nome que derem, meu conflito é inegável.
E a solução para isso?
Ainda preciso começar minha psicoterapia...

sábado, 6 de setembro de 2008

Talvez as coisas não tenham mudado tanto assim.
Tudo em mim que se relaciona (mesmo que indiretamente) com aquele garoto, ainda está aqui. Guardado no meu inconscientee com acesso permitido quando eu desejar.A simples música de ligações não comumente recebidas em meu celular fez com que minhas mãos tremessem. Meu coraçãobombeava mais forte, a fim de me proteger de qualquer golpe que poderia tomar. Mas foi diferente. Diferente do queeu imaginava e do que meu coração esperava. O golpe veio um pouco obscuro, sem uma placa de significado.
Enquanto minhas mãos ainda tremiam e eu já sentia um nó em minha garganta, busquei um feixe de luz em meio aquela situação osbcura. Mas nada acendeu.
Minha mente criava significados, imaginando possibilidades...
Nenhuma lágrima. Um ligeiro aperto, porém, sem sessões de melancolia.
E hoje, ao assitir a um clipe, me lembrei de um momento. E quase o revivi, integralmente, no simples voar do meupensamento. Lembrei-me dos detalhes, das perguntas, da inexperiência para as respostas. Dos carinhos, dos olhares...e senti como se aquele tempo ainda não fosse passado: pareceu-me tão real!
É difícil colocar os pés nos chão depois de voar tao alto e tão longe, mas alguns instantes pairada no ar me fezbem. Isso tornou meu pouso mais leve e delicado.
As lembranças são mágicas, e são aquelas que afirmo não ter vontade de esquecer.
É que reviver lembranças tão mágicas e inocentes tornam possível o futuro fantasiado.

domingo, 31 de agosto de 2008

Um novo tempo, dentro de um velho mundo...

Eu posso dar a volta no mundo.
Posso envolvê-lo com uma fita de cetim lilás.
Agora eu sei que eu posso.

Uma imagem triste me parece calma. E o mar me é nostálgico.
Nostalgicamente calmo.
Me traz uma nostalgia gostosa, que faz bem.
E talvez me arrisque a dizer que posso controlá-la.
Minha inocência ainda é irracional. Mas já não me impõe limites, e nem me deixa estagnada.
Quero abusar da minha inocência, até nos momentos mais arriscados.
Arriscar, até nos momentos mais inocentes.

Já não distraio a verdade: encaro-a de frente.
A magia? Flutua por todos os lados, e salpico por onde passo.

Tudo isso porque sei que no fim, a fita de cetim lilás envolverá meu mundo e terminará com um belo laço.

sábado, 9 de agosto de 2008

Você é emo? Faça o teste e descubra! ¬¬'

22:59 – 15/07

Ultimamente o que me leva a escrever é a revolta. A revolta com o pensamento e as atitudes das pessoas.
Há uns dias, na casa de uma amiga, folheava a revista Atrevida, e me deparei com um daqueles muitos testes que estão em todas as revistas teens. E o teste “Você é emo? Faça o teste e descubra se você tem o estilo emo de ser!”[http://atrevida.uol.com.br/Edicoes/167/voce-e-emo-descubra-se-o-seu-jeito-de-94454-1.asp], foi o motivo dessa minha revolta.
Meu Deus!, o que era aquilo!? Questões do tipo “Qual a sua marca de tênis preferida?”. Caralho!, como isso define a personalidade de alguém? Um rótulo que “faz a cabeça” das pessoas!
E junto dessa moda surgiu um novo preconceito. As pessoas rejeitam, e por vezes, quando querem insultar alguém, chamam de emo.
Aquele tênis, o cabelo, um certo tipo de roupa, modo de risada no msn, fotos no orkut, preferências para maquiagem. Questões que estavam no teste.
Eu uso all star. Sempre usei.
Adoro cintos e pulseiras de rebites, blusinhas listradas e franja de lado.
Gosto de fotos com apenas pedaços do rosto. Fotos de cima, de lado, de costas.
Não dispenso um lápis preto nos olhos.
Adoroo dadinhos.
Ouço Fresno e ForFun.
Também ouço DeadFish, Dance Of Days, Cueio Limão, Killi, Paramore, Blind Pigs e Gritando HxCx.
Aprecio um Ramones, Aerosmith, The Vines, The Hives. Nirvana, MudHoney, BadReligion, Dead Kennedys.
Mas eu amoo Lenine, Zeca Baleiro, Tom Zé, Fagner, Nação Zumbi, Cordel do Fogo Encantado, André Abujanra (Karnak, Mulheres Negras...), Adriana Calcanhoto.
Adoro blusinhas com rendinhas e detalhes delicados.
Tenho várias ‘rasteirinhas’.
Amo elefantes e as minhas bolsas e chapéus de chocê.
Tenho um certo fascínio por Carnaval, pouca roupa, calor, praia, e adoro um reggae.
Então como eu seria rotulada por esse teste, e também pela maioria das pessoas?

Há alguns anos, saía com minha saia preta, meus rebites, meus dados. Nessa época eu era uma “pessoa normal”.
Mas quando a moda começou, guardei esses meus acessórios. Me irritava (e ainda irrita) pessoas me chamando de HardCore, Emo. Quando tenho vontade, ainda uso meus cintos e minhas pulseiras, mas não tenho a liberdade que tinha antes.

Me revolta os ditos “punks” usando Adidas e fazendo buracos em suas calças da Volcom.
Nessa moda toda, o que conta é a aparência e quanto você pagou por ela. Os ideais foram esquecidos, menos o de consumir (e isso é um ideal?!). Alguém já conheceu, ou pelo menos viu, um “emo” pobre? Se era pobre, o seu tênis Adidas era do Mercadão, a franja a mãe cortou, e a camiseta justinha foi emprestada do irmão mais novo.
Mas do que isso importa? Ele parece emo, pode ser aceito como emo. Pode revelar que gosta de pessoas do mesmo sexo que os emos aceitam, pois eles são diferentes!
[ foi necessário esse sarcasmo ]
Hoje me vejo diferente das pessoas ao meu redor, e enlouqueço quando encontro pensamentos semelhantes aos meus.


Agora me chamam bicho-grilo.
Droga! Justo eu que me achava tão normal!

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Nesses dias tenho pensado muito na morte. E para isso nem foi preciso a morte de alguém próximo.
Até hoje, ninguém por quem eu tivesse apego e uma forte relação morreu. Mas esse assunto sempre foi muito delicado para mim.
Eu tenho medo da morte.
Mas não medo da minha morte. Tenho medo de que morram pessoas que amo, pessoas próximas, importantes para mim. Tenho medo de não agüentar o sofrimento. Medo de sofrer demais.
E ao analisar por esse lado, me vejo como uma egoísta, ou qualquer outra palavra que defina alguém que só pensa em si mesmo. A questão é que me pego preocupando-me não com a morte das pessoas, não com o fato de suas vidas acabarem, mas sim com o meu sofrimento.
Tenho um medo imenso de não saber sofrer.
Não sei se posso dizer que já sofri. Já chorei, já fiquei triste, já passei semanas (e até meses) pensando, relembrando coisas que não voltam mais, sentindo uma forte angústia, e um sentimento difícil de explicar mas muito parecido com um desespero. Mas não posso dizer com certeza que já sofri.
O sofrimento ao meu redor é muito maior do que qualquer coisa que eu já senti.
Pessoas sofrem em silêncio. Outras estampam no rosto a dor que sentem.
E há outros que não sabem que sofrem. Crianças que passam por situações que muita ‘gente grande’ não agüentaria. Crianças que vêem suas vidas passarem de uma forma difícil e diferente do que deveria ser.
Mas elas não sabem! Elas sentem que tem alguma coisa errada, elas sentem medo, e procuram esconder-se onde encontram aquele tão precioso ‘porto-seguro’. Elas procuram uma forma de fugir daquele sofrimento. Elas fogem, e sem nem saber exatamente o que as preocupa.
E ao analisar por esse lado, percebo que não há egoísmo em mim.
Ao mesmo tempo em que me preocupo com meu sofrimento, preocupo-me com o sofrimento das pessoas ao meu redor.
E me revolto!
Revolto-me pelas atitudes das pessoas que põem em risco essas vidas que não devem conhecer o sofrimento. Revolto-me mais ainda por não poder mudar essa realidade e por me encontrar aqui, escrevendo sobre minha revolta, meu desespero e meu medo de ver essas crianças sofrerem; enquanto a vida continua lá fora.
E são nesses momentos de revolta que volto a pensar na morte. E mesmo esse sentimento sendo totalmente ‘domau’, nesses momentos chego a desejar a morte. Não a minha morte, mas a morte daqueles que abusam desta vida. A morte daqueles que nos deixam agoniados e buscando uma explicação onde ela não existe.
A morte.
A morte que não chega, que não creio que chegue tão logo, e que não me arrisco a desejá-la conscientemente.


“Enquanto todo mundo espera a cura do mal, e a loucura finge que isso tudo é normal, eu finjo ter paciência...”



[ Foi um desabafo. Se ele não acontecesse, eu seria a próxima a enlouquecer. ]

sábado, 5 de julho de 2008

Se um dia nois se gostasse...

É incrível como as coisas acontecem, e o simples fato de sair de férias ou ganhar coisas já muda muita coisa.
Saí de férias há uma semana e parece que já nao sou a mesma. E ah, que droga!, isso acontece com muita frequência.
Hoje me abalei de novo. E dessa vez foi por algo bom.
Ééé..tá tudo mudando. E agora eu adoro isso.
A vida é mais do que eu conhecia, mas não mais do que eu imaginava. Mas repito: agora eu adoro isso.
Tô conhecendo o gostinho das pequenas coisas, e as mais gostosas. E caralho!, isso é bom demais!
É saboroso aquele gosto de algo desconhecido, e a descoberta [ ou nesse caso o despertar ] de outros sentimentos.

Eu tenho muitas coisas pra escrever. Mas net de madrugada é foda, e daqui a pouco a mãe acorda mandando desligar. ¬¬

segunda-feira, 23 de junho de 2008

[ ontem a noite ]

O amor se recolheu.
Juntou todas as lembranças, e enfiou-se em uma caixa.
E junto dessas lembranças, na mesma caixa, guardei os pensamentos com que abri esse meu blog. A crença em um único amor, puro e verdadeiro. Crença já não tão certa assim.
Sim, conheço um amor puro e verdadeiro, mas já não creio ser ele o único.
Ele é forte, por vezes traiçoeiro. Mas é, até então, inabalável.
A questão é que já aprendi como guarda-lo. Minha caixa só se abre quando eu quero.
A fase da obsessão já passou.
A aprendizagem sobre o comportamento humano mudou meus pensamentos (ou parte deles). A idéia de que o amor se encontra no coração, já não aparece em meus textos.
Gostar de alguém é um comportamento reversível. { mas as lembranças são eternas }
Estou disposta, e realmente interessada por um sentimento que me faça bem.
É que já acredito que isso é possível.

Com tudo isso, penso se um dia não mudarei totalmente. Talvez a Psicologia abra meus olhos.
{ e talvez esse seja meu desejo mais íntimo }
Talvez a magia se vá de meus pensamentos e sonhos.
{ ou talvez eu encontre a verdadeira magia }
Ainda me é estranho saber que meus sentimentos e atitudes não são únicos, e muito menos inéditos. Mas me alegra a oportunidade de compreendê-los.
Não, A Psicologia não é para me entender. Quer dizer, talvez em parte seja. Mas o que eu mais quero é poder ajudar outras pessoas a compreenderem o que parece ser incompreensível.

E relendo tudo isso reconheço minha imaturidade. E me frustro perante a escassez do que por vezes julguei ser suficiente.

.~> Agora fecho o caderno, apago as luzes e me deito na cama. Sei que meus sonhos me tornarão garota novamente.
[ Hoje durmo feliz. Pois ele vai pra Lua para me trazer uma aliança roxa *-* ]

I'll keep you locked in my mind…

“VoCê* pegou minha mão
VoCê* me mostrou como
VoCê* me prometeu que ficaria por perto
Aham, Tá certo...
Eu absorvi suas palavras
E eu acreditei em tudo que VoCê* me disse
É, aham, Tá certo...
Se alguém dissesse há dois anos atrás
Que VoCê* iria embora
Eu apagaria todos eles com um soco
Porque eles estariam errados
Eu sei melhor que eles
Porque VoCê* disse ‘para sempre’
‘E sempre’
Quem diria...
Lembra-se quando nós éramos tão bobos
E tão convencidos e tão, tão legais
Oh, não!Não, não!
Eu queria poder te tocar de novo
Eu queria poder ainda te chamar de amigo
Eu daria qualquer coisa
Quando alguém disse seja agradecido
Para aqueles que já não estão por perto
Eu acho que eu não sabia como mesmo
Eu estava totalmente errada
Eles sabiam melhor que eu
Ainda sim você disse ‘para sempre’
‘E sempre’
Quem diria Yeah yeah
Eu te manterei trancado em minha mente
Até nós nos encontrarmos novamente
Até nós...Até nós nos encontrarmos novamente
E eu não te esquecerei, meu amigo
O que aconteceu?
Se alguém dissesse há dois anos atrás
Que VoCê* iria embora
Eu me levantaria e socaria todos eles
Porque eles estariam enganados
Aquele último beijo
Que eu apreciarei
Até nós nos encontrarmos novamente
E o tempo torna tudo mais difícil
Eu queria poder me lembrar
Mas eu mantenho sua memória
Você me visita em meus sonhos
Meu querido,
Quem diria Meu querido, meu querido
Quem diria Meu querido, sinto sua falta
Meu querido, Quem diria
Quem diria...”

[ Who knew – Pink ]


Não é de minha autoria...
mas é como se fosse.

*...o grito mais alto ainda é suspiro...*

“…A life goes by
Romantic dreams must die
So I bid mine goodbye and never knew
So close was waiting, waiting here with you
And now forever I know
All that I want is to hold you
So close

So close to reaching that famous happy end
Almost believing this one's not pretend…”


De ti, guardo apenas os momentos mágicos.
Guardo os momentos em que me revelou o seu ‘eu’ mais sincero, o seu ‘eu’ verdadeiro.
Lembro-me cuidando de ti nos seus momentos mais tristes. Abraçando-lhe tentando reconfortar-te. Assustada por ver lágrima escorrendo no rosto daquele que sempre me protegeu. Meio perdida por descobrir em ti uma sensibilidade até então desconhecida.
Lembro-me cuidando de ti nos momentos de desconforto. E nesses momentos eu me transformava. A minha irritabilidade não existia para contigo. Acariciava-lhe, tentava lhe dizer algumas palavras, te ouvia. Até voCê* encontrar a paz novamente.
[Aah! *-*]
Em minha mente, teu rosto ainda como na primeira noite.
Em meus sonhos, voCê* em seu dia mais belo.
E em minha caixa, bem ao lado da cama, as lembranças daqueles dias. Lembranças do hoje é apenas platônico.
Apenas platônico.

.~> E na verdade, ainda não deixei de crer em teus brados heróicos...


domingo, 22 de junho de 2008

O bom filho à casa retorna.

Tô de volta por aquii.
É que escrever o que ninguém lê perde a graça.
;}

Sobre uma magia inocente...

É que a minha vida segue sempre no mesmo ritmo fantasioso.
As fantasias se multiplicam no ar. Então o vento bate gelado e lhes arranca a magia. Nesse vendaval, desmancham-se também os meus castelos construídos na areia.
Mas o temporal passa, e o vento cessa. Novamente ergo meus castelos de areia, e os moldo como meus sonhos, e os cubro das mais mágicas fantasias.
Acontece que sempre tem um vento forte, um tempo que muda em segundos e arrasta um temporal. E por vezes, aparece alguém que sopra.
Então meus castelos desmancham-se, e não raro, demoram para serem reconstruídos.
Mas nunca o deixam de ser.
Essa é a magia que quero. Essa é a magia que sinto.
Uma frágil magia, mas nunca a ponto de extinguir-se.
E é por ela que meço a irracionalidade da minha inocência. A minha fragilidade. O tamanho dos meus sonhos. E a força de meus pensamentos.
E é também por essa magia que guio meus atos. Minha idéias.
Meus olhos enxergam o lado bom das coisas, o melhor das pessoas, e a beleza nos momentos simples da vida.
Mas o que me incomoda é não saber enxergar o lado oposto, e ter sempre que tropeçar no escuro.