domingo, 21 de setembro de 2008

Minha mente rodopia formando espirais.
O vento que me tem causado frio nesses dias bagunçou tudo em mim: meu cabelo, minhas lembranças, meus sentimentos. E os acontecimentos tornaram esse vendaval ainda mais confuso.
Há uns meses, meus olhos sozinhos, procuravam os dele. Há uma semana, meus olhos sozinhos, encontraram os dele.
Foi o único rosto que enxerguei entre tantos.
Nossos olhares se cruzaram, e assim permaneceram por segundos que valeram-me a eternidade.
Sem nenhuma palavra.
Ainda enxergo a imagem daquele rosto, de olhos fechados ou não. Mas ver aquele olhar (sempre com uma cor mágica de melancolia) fixado em mim, de uma forma que há muito não fazia, estagnou-me.

Eu jurei não escrever mais momentos sobre ele, mas a única diferença é que agora eles estão na 3ª pessoa.
Arrisco em minha vida, mas acabo chegando próximo a ele. O animal sentimental não escolhe a quem se apega.
Tantas mudanças, tantos acontecimentos, e eu continuo escrevendo futilidades sobre aquele garoto.
Uma sensação horrível vem tomando conta de mim, e aumenta a cada dia.Melancolia.Um espaço cada vez maior e mais vazio.
Falta-me tudo, començando por um abraço em que possa me aconchegar e em que me sinta inundada por afeto. Alguém a quem contar os mais bizarros desejos, os mais inocentes sonhos e as mais ousadas fantasias.
As relações superficiais me entorpecem e já não me satisfazem.
Talvez alguns digam: "É carência!" E talvez seja isso mesmo.
Mas seja qual for o nome que derem, meu conflito é inegável.
E a solução para isso?
Ainda preciso começar minha psicoterapia...

sábado, 6 de setembro de 2008

Talvez as coisas não tenham mudado tanto assim.
Tudo em mim que se relaciona (mesmo que indiretamente) com aquele garoto, ainda está aqui. Guardado no meu inconscientee com acesso permitido quando eu desejar.A simples música de ligações não comumente recebidas em meu celular fez com que minhas mãos tremessem. Meu coraçãobombeava mais forte, a fim de me proteger de qualquer golpe que poderia tomar. Mas foi diferente. Diferente do queeu imaginava e do que meu coração esperava. O golpe veio um pouco obscuro, sem uma placa de significado.
Enquanto minhas mãos ainda tremiam e eu já sentia um nó em minha garganta, busquei um feixe de luz em meio aquela situação osbcura. Mas nada acendeu.
Minha mente criava significados, imaginando possibilidades...
Nenhuma lágrima. Um ligeiro aperto, porém, sem sessões de melancolia.
E hoje, ao assitir a um clipe, me lembrei de um momento. E quase o revivi, integralmente, no simples voar do meupensamento. Lembrei-me dos detalhes, das perguntas, da inexperiência para as respostas. Dos carinhos, dos olhares...e senti como se aquele tempo ainda não fosse passado: pareceu-me tão real!
É difícil colocar os pés nos chão depois de voar tao alto e tão longe, mas alguns instantes pairada no ar me fezbem. Isso tornou meu pouso mais leve e delicado.
As lembranças são mágicas, e são aquelas que afirmo não ter vontade de esquecer.
É que reviver lembranças tão mágicas e inocentes tornam possível o futuro fantasiado.