domingo, 13 de setembro de 2009

Superficialidades já não me satisfazem.
Já não me basta o toque das peles e as pernas entrelaçadas.
Pois existe o vazio.
Aquele vazio que não tem lugar nem tamanho.
Aquele vazio que é vazio por si só, preenchido de tamanha profundidade.
Aquele vazio que só tem profundidade.
...
Ele me encantou. Impregnou-me com seu “cheiro de homem e não de perfume”. Soube me levar com suas mãos lisas e suaves.
Mas ele me afastou. Cansou-me com seu jeito garoto, irritou-me com tanta simpatia.
E eu continuei assim, alternando entre encantar-me ou irritar-me. Enquanto ele parecia apenas gostar de me puxar pelas mãos quando desejasse.
Acontece que nem mesmo o encanto dele adiantou: continuei com o vazio.
Aquele vazio onde só existe profundidade...