domingo, 31 de agosto de 2008

Um novo tempo, dentro de um velho mundo...

Eu posso dar a volta no mundo.
Posso envolvê-lo com uma fita de cetim lilás.
Agora eu sei que eu posso.

Uma imagem triste me parece calma. E o mar me é nostálgico.
Nostalgicamente calmo.
Me traz uma nostalgia gostosa, que faz bem.
E talvez me arrisque a dizer que posso controlá-la.
Minha inocência ainda é irracional. Mas já não me impõe limites, e nem me deixa estagnada.
Quero abusar da minha inocência, até nos momentos mais arriscados.
Arriscar, até nos momentos mais inocentes.

Já não distraio a verdade: encaro-a de frente.
A magia? Flutua por todos os lados, e salpico por onde passo.

Tudo isso porque sei que no fim, a fita de cetim lilás envolverá meu mundo e terminará com um belo laço.

sábado, 9 de agosto de 2008

Você é emo? Faça o teste e descubra! ¬¬'

22:59 – 15/07

Ultimamente o que me leva a escrever é a revolta. A revolta com o pensamento e as atitudes das pessoas.
Há uns dias, na casa de uma amiga, folheava a revista Atrevida, e me deparei com um daqueles muitos testes que estão em todas as revistas teens. E o teste “Você é emo? Faça o teste e descubra se você tem o estilo emo de ser!”[http://atrevida.uol.com.br/Edicoes/167/voce-e-emo-descubra-se-o-seu-jeito-de-94454-1.asp], foi o motivo dessa minha revolta.
Meu Deus!, o que era aquilo!? Questões do tipo “Qual a sua marca de tênis preferida?”. Caralho!, como isso define a personalidade de alguém? Um rótulo que “faz a cabeça” das pessoas!
E junto dessa moda surgiu um novo preconceito. As pessoas rejeitam, e por vezes, quando querem insultar alguém, chamam de emo.
Aquele tênis, o cabelo, um certo tipo de roupa, modo de risada no msn, fotos no orkut, preferências para maquiagem. Questões que estavam no teste.
Eu uso all star. Sempre usei.
Adoro cintos e pulseiras de rebites, blusinhas listradas e franja de lado.
Gosto de fotos com apenas pedaços do rosto. Fotos de cima, de lado, de costas.
Não dispenso um lápis preto nos olhos.
Adoroo dadinhos.
Ouço Fresno e ForFun.
Também ouço DeadFish, Dance Of Days, Cueio Limão, Killi, Paramore, Blind Pigs e Gritando HxCx.
Aprecio um Ramones, Aerosmith, The Vines, The Hives. Nirvana, MudHoney, BadReligion, Dead Kennedys.
Mas eu amoo Lenine, Zeca Baleiro, Tom Zé, Fagner, Nação Zumbi, Cordel do Fogo Encantado, André Abujanra (Karnak, Mulheres Negras...), Adriana Calcanhoto.
Adoro blusinhas com rendinhas e detalhes delicados.
Tenho várias ‘rasteirinhas’.
Amo elefantes e as minhas bolsas e chapéus de chocê.
Tenho um certo fascínio por Carnaval, pouca roupa, calor, praia, e adoro um reggae.
Então como eu seria rotulada por esse teste, e também pela maioria das pessoas?

Há alguns anos, saía com minha saia preta, meus rebites, meus dados. Nessa época eu era uma “pessoa normal”.
Mas quando a moda começou, guardei esses meus acessórios. Me irritava (e ainda irrita) pessoas me chamando de HardCore, Emo. Quando tenho vontade, ainda uso meus cintos e minhas pulseiras, mas não tenho a liberdade que tinha antes.

Me revolta os ditos “punks” usando Adidas e fazendo buracos em suas calças da Volcom.
Nessa moda toda, o que conta é a aparência e quanto você pagou por ela. Os ideais foram esquecidos, menos o de consumir (e isso é um ideal?!). Alguém já conheceu, ou pelo menos viu, um “emo” pobre? Se era pobre, o seu tênis Adidas era do Mercadão, a franja a mãe cortou, e a camiseta justinha foi emprestada do irmão mais novo.
Mas do que isso importa? Ele parece emo, pode ser aceito como emo. Pode revelar que gosta de pessoas do mesmo sexo que os emos aceitam, pois eles são diferentes!
[ foi necessário esse sarcasmo ]
Hoje me vejo diferente das pessoas ao meu redor, e enlouqueço quando encontro pensamentos semelhantes aos meus.


Agora me chamam bicho-grilo.
Droga! Justo eu que me achava tão normal!