terça-feira, 27 de julho de 2010

Porque hoje meu dia brilhou e encheu-se de verde.
Porque hoje esqueci de todos aqueles 'ais' e de todas as 'caras feias'.
Porque hoje fui tua.
Leve e simples.
Mágico e intenso.

Só pra registrar que hoje fui feliz.

domingo, 25 de julho de 2010

Exausta.
No momento posso resumir-me a isso.
É claro que antes retirei o irritada, chateada, revoltada, magoada, inconformada, e vários outros adjetivos. Foram todos eles que me levaram à exaustão, repetí-los apenas agravaria a situação.
Sei que tudo isso vem de mim. Brota daqui, e não de lá. Mas pra terceiros, ainda gosto de dizer que não é meu.
Não é meu. Todos esses sentimentos contraditórios não são meus. Se fossem, eu exerceria controle sobre eles. E tudo isso já não existiria.
Não é meu. Querer-te longe e assim dizer, não é meu. Não é de mim dizer o contrário do que sinto/penso/faço.
Ah! justo eu!
É de mim apenas alternar alteradamente entre extremos. Uma multipolariadade desgraçada!
É de mim apenas dizer, estagnar-me por 15 minutos, dizer besteiras, chorar. E aí então arrepender-me e tentar concertar o que foi feito nos momentos de quase-surtos.
É. Sempre passa.
O foda é que sempre volta...

Brotam lágrimas nos meus e nos seus olhos. Minhas mãos tremem e me descontrolo: continuo alternando alteradamente.
No meio da confusão, penso no desapego. Ele é impossível, e isso simplesmente porque eu quero.
Simplesmente porque na hora do choro recolho-me como criança e sinto o cheiro naquela almofada florida.

Continuo exausta.
As palavras surgem desesperadamente em minha mente, mas de tão desesperadas, atropelam-se e confundem-se.
Confundem-me.
Dou voltas, mas continuo no mesmo lugar.

Não quero acreditar que não tem remédio, mas como ja disse à ele, realmente não sei mais o que fazer.
É que pra mim isso não é tão simples...

sábado, 24 de julho de 2010

Ela conheceu as Cores.
Deslizou no arco-íris e encontrou até mesmo o pote de ouro.
Mas este não brilhava tanto quanto aqueles 7 tons.

Ela subiu nas Nuvens.
Pulou de uma em uma e fez formas com elas.
Parou apenas para descansar enquanto olhava o Sol.

Ela tocou estrelas.
Passeou entre elas montada num cometa.
O mesmo que a levou pertinho da Lua e a deixou tocar o Mar.

Tudo isso aconteceu.
E foi quando as mãos dele tocaram as dela,
e os lábios dele brilharam sorrisos.

sábado, 10 de julho de 2010

Porque minhas crises passam. E a poesia sempre prevalece.
[ 10/07 ]

E então sou tomada pelo medo de que a vida seja pura ilusão. Desespero-me. Pois os fatos estão perto de confirmar que não há nada na vida além de aspectos ilusórios.
As lágrimas me enxarcam os olhos, e algumas chegam a deslizar pelo meu rosto.
E eu só penso em ti.
Não quero passar.
Não quero ser uma lembrança que você tenta evitar.
Agora sinto medo. E já não sei explicar de onde esse sentimento vem.
Preciso do seu colo. Mas tenho vontade de não precisar dele.
Repudio-te e te invento defeitos. Não quero acreditar que é tão bom assim.
Porque quando você me deixar, preciso de defeitos pra dizer a mim mesma, tentando me convencer de que foi melhor assim.

Meu texto é catastrófico, sei disso.
Mas o medo me tomou por inteira, me fazendo sentir receio até mesmo de fechar os olhos e dormir...


Fujo das palavras. Escondida debaixo das cobertas, espero de olho aberto ele ligar. Pois sei que tua voz me acalma e faz esconder o medo.

domingo, 4 de julho de 2010

Incrível como palavras me atraem.
Como sinto a necessidade delas. Como as sinto brotando em minha mente, como as vejo formando-se, antes mesmo de chegarem a ser.
Chegarem a ser.
Há tanta coisa nesse mundo!
Há tanta gente!
Mas nem todos chegam a ser.
Ser o que!?
O que constitui esse movimento tão falado e estudado do vir-a-ser!?
Acredito apenas na essência. Pois sei que esta sempre é, ela sempre foi!
A essência existe desde pequenos, e assim permanece para a vida.
Ela é isenta de ter que tornar-se. Ela basta por si só.
Ah, como é feliz a essência!
Não é cobrada pela tal de maturidade, nem tampouco importa-se com aquela outra, a identidade.
Pois ela basta.
Sem cobrar. Sem reclamar.
E sem acomodar.
Ela se basta em si, mas nunca se torna estável a ponto de definições exatas.
Ela foge de padrões e paradigmas. Na realidade, odeia tudo que tem-que-ser.
A verdade é que me encontro em certa angústia frente ao movimento do vir-a-ser. Frente ao movimento que ocorre em mim, naqueles próximos, e nos aparentemente distantes.
O vir-a-ser tem metas que o mundo lhe coloca, e é daí que me brotam as angústias.
O que poucos sabem e outros tentam esquecer, é que quem modela esse movimento é a tão mágica essência. Aquela que sempre é e sempre foi.
O que poucos sabem e outros tentam esquecer, é que a essência talvez se encontre por trás das palavras.