sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

E paro sempre pra escrever quando angústias e medos diversos me acometem.
Quando sinto minha sede de mundo maior do que minhas possibilidades.
Quando quero mais do que meus braços alcançam. Mais do que minha mente suporta.
E quando sinto insatisfação com esse mundo e me encho de vontade de mudá-lo. Transformá-lo.
E aí eu paro.
De que me adianta tantos anseios se ainda não aprendi a lidar com a angústia e não aprendi a viver com o medo?
Pra quê tanta sede se ainda sinto o espaço estreito?
Pra quê tentar esticar se meus braços são sempre do mesmo tamanho e minha mente borbulha com tantas vontades?
O que eu faço com a insatisfação se a minha voz ainda não é suficiente para chegar aos que tem poder de mudar a realidade?


Aí então eu corro. E vou pulando de pedra em pedra, de pé em pé.
Disfarço o medo e escondo a angústia no guarda-roupa.
Dou a mão à alguém e meus braços se alongam, crescem e expandem a mente e as possibilidades. 
E assim as transformações acontecem, sempre nesse processo de estagnação e consequente metamorfose.
Sempre com aquele sonho de que um dia todo o mundo vai ser diferente....