domingo, 17 de abril de 2011

Talvez eu seja romântica demais, mas eu gosto de gritar o meu amor pro mundo.
Mesmo que o meu grito sejam as palavras e o mundo os meus textos, o meu blog.
Quando sinto-me feliz tenho necessidade de dizer, mesmo que pra ninguém.
Então eu digo pra ele. Eu olho naqueles olhos, sinto seu cheiro, acaricio e tento dizer palavras que expressem todo o sentimento.
Ainda não aprendi a guardar.
Não cabe em mim.
Felicidade nem tristeza. Amor nem raiva.
Intensa como sou, sentimento algum permanece aqui sem extravasar.
Caracterizar como positivo ou negativo só é possível perante as situações encontradas.
E hoje é positivo.
Hoje faz bem.
Contar que já não cabe em mim o amor.
Olhar esse texto e não me satisfazer, alegar sentir falta de mais poesia.
Pensar no rosto dele e sorrir.
Fico a tentar visualizar o futuro, mas na verdade não consigo. Não o quero saber.
Quero viver os momentos como únicos, e a partir deles definir o nosso futuro.
E mesmo que eu seja taxada de “romântica extremista”, hoje eu só quero dizer que Eu Te Amo, Fê! E que hoje minha felicidade transborda junto do meu amor por você..

sábado, 9 de abril de 2011

VIII

Passamos um tempo sem conversar, ao menos sem aquelas conversas profundas e longas. Julia parecia não ter tempo para elas, ou evitá-las, não sei ao certo. Mas eu aguardei. E hoje ela resolveu sentar-se comigo.
E falou-me.
Julia agora vê sua vida diferente. Ela a sente diferente.
Suas responsabilidades mudaram e aumentaram. Para muitos isso é pouco, mas para ela é fato marcante.
Ela tem estudado sobre identidade, e sua constituição. Tem tido acesso a mentes até então desconhecidas. E isso tem feito com que a sua mente amplie. Ela me contou que tem sentido que isso a tem aproximado de sua identidade. Parece que ela está se encontrando. Ou se perdendo, não sabe ao certo.
Depara-se de frente com algo novo mas ao mesmo tempo já tão íntimo dela.
Às vezes quando olha em volta tem a sensação de que não cabe ali, mas por outras percebe que não poderia estar em outro lugar. E em qualquer desses momentos ela tem vontade da vida, do mundo. Quer viajar, continuar conhecendo mentes que vão além do que ela conhece.
Ela está encantada com o amor, mas está tão receosa deste! Sonha com o futuro mas o mesmo tempo o teme. Tem desejos de mudá-lo, e o medo de não saber/conseguir fazê-lo.
Agora ela se sente diferente.
Não que isso seja novidade para Julia. Constantemente ela percebe alterações em si mesma, acontece apenas que umas são mais marcantes do que as outras.
Ultimamente ela tem se sentido mulher. E na maior parte do tempo ela acredita que isso é bom.
Acontece que em outras ela ainda não sabe ao certo...