terça-feira, 25 de novembro de 2008

A ansiedade e o medo explicam-se.
E isso acontece enquanto meus lábios ainda estão molhados dos teus.
Abaixo desse caderno em que escrevo está a Neuroanatomia, as páginas que ainda não li, e o medo que chegue 8hrs sem eu ter conseguido decorar pelos menos o Diencéfalo.
Sobrecarrego minhas funções límbicas, esqueço as cognitivas, entendo o Telencéfalo. Mas ainda não sei o praquê do Diencéfalo.
Te entendo, não compreendo e posso não aceitar.
[ Não posso?! ]
Tentativas inacabáveis, e desistências causadas por algo-que-não-tem-nome.
Um sentimento que não acontece e beijos que acabam antes de terminarem.
Acabam antes de terminarem...

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Saudades...



E eu, que não conhecia a morte, pude vê-la de perto.
Ela o levou numa noite de diversão entre amigos, mas só chegou aos meus ouvidos na tarde seguinte.
Uma batida desritmada no coração.
Armas.
22 anos.
Morte.
Um mundo em que ninguém compreende um sonho, e desconhece o que é a vida.
Desesperei-me. De um modo que nunca dantes havia me acontecido.
Os planos para o fim do ano perderam a graça. E vai faltar alguém no meu aniversário.
Olhei para aquele canto da praça em que ele se sentava na sua hora de almoço. E ele não estava lá. Nem nunca mais vai estar.
Não sei como reagir à morte.
Não penso em outra coisa senão na imagem dele, deitado. Flores cobriam-lhe até o pescoço. Seus olhos estavam fechados, seus lábios em um sorriso. Aquela paz. Ele parecia estar dormindo. E estava feliz.
Suas mãos juntas seguravam um terço. E por várias vezes pensei em Deus. Recorri a Ele como refúgio. Repudiei-o por ter levado um amigo de mim. Mas depois entendi que tinha que ser. O sorriso do Banana confortou-me: ele já está num lugar bem melhor do que o nosso. Em paz.
Então eu participei da oração ao redor daquele garoto. Olhava-o.
Foi a hora certa. É o que eu tenho acreditado.
A paz em seu rosto nos dizia isso, mesmo sem ele mexer os lábios.
Agora a Rua Nova ficou meio vazia: cadê aquele Chevetinho?
Mas a gente sabe que Você* cuida da gente aí de cima!
E Você* vai ta sempre presente entre nós!

Saudades, Banana!

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Presente-futuro

A vida continua mudando, e o medo que tinha do futuro já não me preocupa mais. O presente tem me ocupado demais! Tanto, que o futuro tornou-se apenas conseqüência desse.
Estudando para garantir o futuro.
Saindo para encontrar amigos e conhecer pessoas.
Aprendendo a beber para curtir a vida.
E estudando para garantir o futuro.
A psicologia me fascina! E minhas experiências com humanos me fazem gostar cada vez mais dessa tal ciência.
Gosto tanto que já escrevo para receber reforço.
*carinho*carinho*
O problema é que daqui a pouco *carinho* não me bastará. Que seja esperto o experimentador e mude o reforço para chocolate ou amor.
Chocolate ou amor.
Poderia movimentar-me única e exclusivamente com esses dois combustíveis. E sem nem precisar da combustão.
O hardcore no rádio me faz lembrar quem sou, e a mpb ajuda a encontrar-me.
E agora sinto vontade de chocolate.
Então lembro que amanhã, 8 h, tenho aula, Neuroanatomia Funcional.
Estudando para garantir o futuro.
O medo do futuro já não me preocupa. Mas o futuro me causa preocupação.
Então eu estudo.
Boa noite. Vou esquecer o futuro, sonhar com férias, e já volto.


[3/11 – 23h35min]