sábado, 25 de dezembro de 2010

Depois de uma noite gostosa de Natal com a família e no final de um dia quente e gostoso, lembrei-me daquele texto do ano retrasado.
Insatisfação.
É ela que sempre me preenche. E quase sempre é ela o motivo de meus momentos.
Tudo tão gostoso! Mas eu não me sinto completa.
Sei que nem seria bom se me sentisse. Preencher-me apenas traria estagnação.
Mas preciso arrumar uma ocupação pra minha obsessão que insiste em dizer que aqui dentro tem vazio.
Um vazio que não sabe do que precisa. Um vazio que nada preenche.
É um vazio que aumenta com a ausência dele, mas que não se extingue quando ele está por perto.
Um vazio que não sei quando surgiu. Nem mesmo sei porque ele resolveu surgir.
Mas acontece que agora ele está aqui. E foi ele o culpado do meu texto com espírito natalino não acontecer.
Fácil, né!? É fácil arrumar a quem culpar. Livra-me da responsabilidade.
Engana-me. Fazendo-me acreditar que é possível livrar-me dessa tal de responsabilidade.
E assim eu continuo. Como não sou a responsável, despejo as primeiras palavras que me apontam na língua no primeiro que me aparecer.
Sinto meu coração bater forte. 20 anos e um descontrole inexplicável.
Sinto-me frágil sem ele por perto.
É o medo de que ele aprenda que a vida também pode ser boa sem mim.
É a maldita insegurança que anda sempre comigo. Perto como minha sombra.
E então meu olho começa a encharcar. E eu já não sei como terminar esse texto.
Nem mesmo sei porque o comecei...

terça-feira, 2 de novembro de 2010

[27/09]

Há quanto tempo que eu não escrevo nada! Estava mesmo chegando a achar que não mais conseguiria escrever...

Mas ele me inspira.
Me instiga.
Me motiva.
Ele me movimenta.

Hoje senti meu coração bater. E ele batia intensamente, fazendo de sua presença algo marcante. E há tempos eu não o notava. Ao menos não como notei hoje. Havia esquecido de como palpitava algo aqui dentro de mim. Havia esquecido que aqui dentro também há algo que me mantém viva.
Ele “de fora”, e o coração aqui dentro.
Ambos dão ritmo à minha vida.
Conversas com lágrimas em todos os olhos me fizeram crer que é preciso me movimentar.
Confesso que agora tenho vontade apenas de deitar-me nessa cama, esconder-me debaixo do edredon e sonhar que estou aconchegada e protegida nos braços dele.
Mas consciência eu já tenho. E sei que esse é o primeiro passo.
Também sei que só consciência não adianta, mas aos poucos os passos brotam.
E agora esconder-me-ei debaixo dos edredons...

Obs.: é, no plural porque o friozinho tá tenso...
Obs.1: mesóclise! o/


PS.: texto não é de hoje, mas tirando o frio ele se encaixa perfeitamente. E acho q nos últimos dias tenho sentido de forma ainda mais gostosa esse meu coração e esse meu amor...

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Sinto-me motivada

Não que isso me faça sentir mais leve (mesmo porque a balança não nega ¬¬’), nem que por isso eu esteja saindo de casa radiante e arrasante num belo sapato e numa bela roupa. Também não tenho abrilhantado as pessoas constantemente com os meus sorrisos. Mas é inegável a minha motivação.
Não, eu não sei de onde ela vem. E sei menos ainda onde ela pretende chegar.
Mas eu a sinto.


Brotou no íntimo, num canto obtuso. E nem avisou, mas aos poucos fez-se notar.
Tornou-me forte e confiante, me ensinando a jogar a insegurança naquele cesto de lixo.
Enfeitou minhas atitudes com belos acessórios.
E estes sim arrasaram. Ou melhor, caminham pro arraso.

É a motivação que brilha por si só. Ela irradia. Fazendo clarear tudo aquilo que eu precisava enxergar. Aquilo que eu realmente precisava enxergar.


Os carinhos tornam-se mais leves e menos obrigatórios. Os afetos mais sinceros. E os amores mais intensos.
Os amores transbordam os limites antes impostos. Limites!? Tento ignorá-los, ao menos temporariamente. Deixo que transbordem. Preocupo-me apenas em não me deixar afogar neles, e nem quero que alguém engula tanta água a ponto de não conseguir mais nem ao menos me olhar.
São intensos e sinceros.
Chego até a arriscar que tenho aprendido a amar. (se é que isso se aprende)


Aos poucos sinto que essa motivação tem aparecido externamente. Revestida, é claro. Não me apresento assim, mas sinto as pessoas me percebendo de forma diferente de anteriormente.
Elogios me atingem de diferentes lados e formas.
E fazem com que me sinta bem.
E aumentam minha motivação.


Já disse que não sei onde ela vai me levar.
Mas fico feliz em saber que ela não me deixa estagar.
E AAAH, como isso tem me bastado ultimamente! *-*

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

[11/08]

Agora tenho vontade de começar uma história, aquela sobre fadas e duendes.
Agora tenho vontade de criar personagens, injetar-lhes personalidade e lhes dar vida.
Agora tenho vontade.
E só.
Fugiu de mim toda aquela criatividade e não me lembro onde guardei minha imaginação.
Acho que se foram junto da inocência.
Junto daquela criança inocente.
E por quê?
Pra quê deixar magia pra trás?!
Pra quê abrir os olhos e enxergar todas as contradições do mundo?!
A mim, bastava aquele mundo colorido, com piscinas de plástico, chão de terra e varal para roupas de bonecas por entre as árvores. Uma minha, e outra do meu irmão.
Ah! o meu irmão!
Hoje meu amigo, e me causa um aperto ver sua cama vazia.
A mim, bastava aquele mundo colorido.

Agora, sinto falta de criar e viajar.
Sim, delicio-me com os prazeres desse mundo, e pinto de cores até onde meus braços alcançam.
Mas não gosto quando meus olhos se assustam.
Hoje tenho apenas fantasias.
Pensar tem me consumido.
Pensar no hoje, e temer o amanhã.
Temer paralelo e simultâneo à desejar, e ambos fortemente.
Pensar.
Jã não sei se enlouqueço por pensar, ou se enlouqueço se não pensar.
Na verdade, de qualquer forma enlouqueço.

Agora tenho saudades de uma história, daquela sobre fadas e duendes...

terça-feira, 27 de julho de 2010

Porque hoje meu dia brilhou e encheu-se de verde.
Porque hoje esqueci de todos aqueles 'ais' e de todas as 'caras feias'.
Porque hoje fui tua.
Leve e simples.
Mágico e intenso.

Só pra registrar que hoje fui feliz.

domingo, 25 de julho de 2010

Exausta.
No momento posso resumir-me a isso.
É claro que antes retirei o irritada, chateada, revoltada, magoada, inconformada, e vários outros adjetivos. Foram todos eles que me levaram à exaustão, repetí-los apenas agravaria a situação.
Sei que tudo isso vem de mim. Brota daqui, e não de lá. Mas pra terceiros, ainda gosto de dizer que não é meu.
Não é meu. Todos esses sentimentos contraditórios não são meus. Se fossem, eu exerceria controle sobre eles. E tudo isso já não existiria.
Não é meu. Querer-te longe e assim dizer, não é meu. Não é de mim dizer o contrário do que sinto/penso/faço.
Ah! justo eu!
É de mim apenas alternar alteradamente entre extremos. Uma multipolariadade desgraçada!
É de mim apenas dizer, estagnar-me por 15 minutos, dizer besteiras, chorar. E aí então arrepender-me e tentar concertar o que foi feito nos momentos de quase-surtos.
É. Sempre passa.
O foda é que sempre volta...

Brotam lágrimas nos meus e nos seus olhos. Minhas mãos tremem e me descontrolo: continuo alternando alteradamente.
No meio da confusão, penso no desapego. Ele é impossível, e isso simplesmente porque eu quero.
Simplesmente porque na hora do choro recolho-me como criança e sinto o cheiro naquela almofada florida.

Continuo exausta.
As palavras surgem desesperadamente em minha mente, mas de tão desesperadas, atropelam-se e confundem-se.
Confundem-me.
Dou voltas, mas continuo no mesmo lugar.

Não quero acreditar que não tem remédio, mas como ja disse à ele, realmente não sei mais o que fazer.
É que pra mim isso não é tão simples...

sábado, 24 de julho de 2010

Ela conheceu as Cores.
Deslizou no arco-íris e encontrou até mesmo o pote de ouro.
Mas este não brilhava tanto quanto aqueles 7 tons.

Ela subiu nas Nuvens.
Pulou de uma em uma e fez formas com elas.
Parou apenas para descansar enquanto olhava o Sol.

Ela tocou estrelas.
Passeou entre elas montada num cometa.
O mesmo que a levou pertinho da Lua e a deixou tocar o Mar.

Tudo isso aconteceu.
E foi quando as mãos dele tocaram as dela,
e os lábios dele brilharam sorrisos.

sábado, 10 de julho de 2010

Porque minhas crises passam. E a poesia sempre prevalece.
[ 10/07 ]

E então sou tomada pelo medo de que a vida seja pura ilusão. Desespero-me. Pois os fatos estão perto de confirmar que não há nada na vida além de aspectos ilusórios.
As lágrimas me enxarcam os olhos, e algumas chegam a deslizar pelo meu rosto.
E eu só penso em ti.
Não quero passar.
Não quero ser uma lembrança que você tenta evitar.
Agora sinto medo. E já não sei explicar de onde esse sentimento vem.
Preciso do seu colo. Mas tenho vontade de não precisar dele.
Repudio-te e te invento defeitos. Não quero acreditar que é tão bom assim.
Porque quando você me deixar, preciso de defeitos pra dizer a mim mesma, tentando me convencer de que foi melhor assim.

Meu texto é catastrófico, sei disso.
Mas o medo me tomou por inteira, me fazendo sentir receio até mesmo de fechar os olhos e dormir...


Fujo das palavras. Escondida debaixo das cobertas, espero de olho aberto ele ligar. Pois sei que tua voz me acalma e faz esconder o medo.

domingo, 4 de julho de 2010

Incrível como palavras me atraem.
Como sinto a necessidade delas. Como as sinto brotando em minha mente, como as vejo formando-se, antes mesmo de chegarem a ser.
Chegarem a ser.
Há tanta coisa nesse mundo!
Há tanta gente!
Mas nem todos chegam a ser.
Ser o que!?
O que constitui esse movimento tão falado e estudado do vir-a-ser!?
Acredito apenas na essência. Pois sei que esta sempre é, ela sempre foi!
A essência existe desde pequenos, e assim permanece para a vida.
Ela é isenta de ter que tornar-se. Ela basta por si só.
Ah, como é feliz a essência!
Não é cobrada pela tal de maturidade, nem tampouco importa-se com aquela outra, a identidade.
Pois ela basta.
Sem cobrar. Sem reclamar.
E sem acomodar.
Ela se basta em si, mas nunca se torna estável a ponto de definições exatas.
Ela foge de padrões e paradigmas. Na realidade, odeia tudo que tem-que-ser.
A verdade é que me encontro em certa angústia frente ao movimento do vir-a-ser. Frente ao movimento que ocorre em mim, naqueles próximos, e nos aparentemente distantes.
O vir-a-ser tem metas que o mundo lhe coloca, e é daí que me brotam as angústias.
O que poucos sabem e outros tentam esquecer, é que quem modela esse movimento é a tão mágica essência. Aquela que sempre é e sempre foi.
O que poucos sabem e outros tentam esquecer, é que a essência talvez se encontre por trás das palavras.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

- ' Parando pra pensar, a vida é mesmo curiosa.
Toma rumos que desconhecemos e nos apresenta coisas, pessoas e situações que ontem não acreditaríamos.
O que antes não existia, hoje brota devagar e intensamente.
O que parecia tão real, hoje desmancha-se. Aos poucos se vai, esfarelando.
Incrível como meus textos adoram falar sobre mudanças. É, a única coisa pernamente na vida.
Incrível como me perco por entre as letras.
Incrível como me perco por entre as vidas.
Incrível.
As vidas.
Quero vidas de volta, quero mandar vidas para longe de mim.
Quero apagar meu passado. Ou parte dele. E às vezes também tenho vontade de sumir com o seu.
Tenho medo do que já foi. Medo que ainda seja.
Tenho inseguranças.
Às vezes, ao caminhar, pareço não controlar minhas pernas. Sinto-as estranhas, como se não encaixassem direito.
Sinto as palavras saírem erradas. Tortas, brutas. Altas.
Tenho medo dos beijos não serem suficientes e dos toques afastarem. Medo dos lábios não conquistarem.
Tenho medo de entorpercer-me com teu cheiro. Já não quero ilusões. Há de bastar-me a realidade.
Hoje permaneço com os pés no chão. Pelo menos um deles sempre. Mas minhas asas continuam lá no céu.
Flutuam meus pensamentos e sentimentos. Intercalam-se com as estrelas. Intensificam-se com a luz da Lua, ou ficam cegas por ela.
Já me perdi nas palavras. Essas letras que saem tortas e feias, esse frio que enrijece meus braços.
Mas esse movimento todo em minha cabeça. Esquenta e faz doer.
Quando comecei a escrever este momento reclamava internamente por estar sozinha.
Agora, ao terminar, as vozes me irritam.
Quero silêncio. Teu colo e teu corpo debaixo do edredom.

terça-feira, 16 de março de 2010

Há dias venho pensando, mas há tempos não publico. Talvez nem mesmo escreva. Mas acontece que há dias venho pensando.

Sinto e penso. Não sei dizer se é paralelamente, simultaneamente, ou se paro um e começo outro. Sei que é o que mais faço: sentir e pensar.
Sentimentos e pensamentos dos mais diversos, dos mais puros e dos mais maldosos.
Minha vida gira em torno deles. É um pensar e um sentir tão constantes que enlouquece! Por vezes bloqueiam minhas atitudes, mas por outras são o motor delas.
É confuso, como tudo sempre foi em minha vida. Mas acontece. E não existe forma de bloqueio.
Os relacionamentos todos fazem minha mente funcionar na base da filosofia. Se bem que por vezes ela se esvai, e a futilidade toma conta. Mas enfim, faz parte.
O amor começa a surgir na minha vida. Vem devagar, delicado e puro. Mexe com meus sentimentos todos e com os pensamentos. Também altera as atitudes.
“faz muito tempo que eu não escrevo nada, acho que foi porque a tevê ficou ligada...”
Minha vida vem mudando, mas eu não quero ceder. Não quero deixar de lado o que me faz bem. Nada de esquecer a simplicidade que encontro nas palavras, a magia que encontro nas poesias e nas músicas.
Não quero mais passar tanto tempo longe desse blog, longe de escolher palavras para contar meu dia e expor minhas idéias.
Que o mundo gire, e tudo mude. Mas que eu continue aqui, com meus pés no chão e asas no céu.
Que o mundo gire, e tudo mude. Mas que a poesia prevaleça.


PS: você já faz parte da minha vida. E de alguma forma, é presente em todos os meus textos.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Infinita.
Assim gosto de ser.
As cores mais vivas e tudo mais leve.
É fácil quando no horizonte vê-se o oito deitado.

Infinita.
As palavras com mais poesia.
O sol mais aconchegante e a chuva com mais frescor.
Sol e Lua mais brilhantes.
É fácil quando mãos envolventes tocam as minhas.

Assim gosto de ser: infinita!
E e fácil com voce. *-*