segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

É estranho querer sem conhecer.
Desejar sem saber.
Uma primeira alegria com olhos atraentes, e uma segunda com conversas divertidas.
Espantou saudades, e trouxe vontades.
O medo existe, como se já fizesse parte de mim. Não bloqueia, só dá medo.
Causou-me desejo de conhecer, mesmo sem saber.
Uma vontade que já existia, só precisava de um estopim.
Estourou e não cessa. E na verdade não espero que cesse:
- tenho sede de novos conhecimentos.

sábado, 6 de dezembro de 2008

“Um dia me disseram que as nuvens não eram de algodão...”


Um dia me contaram que aqueles floquinhos branquinhos que eu via passeando pelo céu não eram algodão, nem tampouco eram doces.
Mas eu não acreditei.
Sonhava com a luz que existe por trás daquelas brancas nuvens.
Um dia me falaram sobre amor.
E julguei ser a melhor de todas as coisas mágicas.
Um dia me falaram sobre morte.
E julgava compreendê-la, mas de mim esta foi sempre tão distante.
...até então.
É que agora as nuvens têm conceitos científicos, a luz por trás delas queima minha pele, o amor mostrou-me seu lado sem magia e a morte aproximou-se.
Descobri, mesmo em poucos anos de vida, que a magia não está presente 100% do tempo. Mesmo que esteja em todo o mundo.

As pessoas me enfurecem com a suposta maturidade que vem arrastada pelos 18 anos e essa “nova fase da minha vida” onde muitas coisas ficarão para trás. Percebo que a cada dia coisas se esquecem, pessoas somem, sentimentos desaparecem, e tudo muda. Cada ano é uma nova fase de minha vida, e isso começou lá na minha concepção. Pra quê somente aos 18 anos?
Não quero afastar a magia de minha vida. Percebo que boa parte dela é fruto de fantasias que minhas idéias mirabolam, e frustro-me temporariamente. Depois as idéias borbulham novamente: produção em grande escala de fantasias mágicas e magias fantasiadas.
Não me atrevo a ser feliz sem um sonho. Nem tampouco desejo contentar-me com o que me é imposto. E talvez mudar o mundo não seja uma idéia assim tão longe. Posso mantê-la enquanto suportar.

Enquanto isso eu gosto de crer em estrelas de brilho raro, encanto-me com as histórias de bruxaria e encaro o amor como a melhor de todas as coisas mágicas, mesmo que este não me conheça.