sábado, 25 de dezembro de 2010

Depois de uma noite gostosa de Natal com a família e no final de um dia quente e gostoso, lembrei-me daquele texto do ano retrasado.
Insatisfação.
É ela que sempre me preenche. E quase sempre é ela o motivo de meus momentos.
Tudo tão gostoso! Mas eu não me sinto completa.
Sei que nem seria bom se me sentisse. Preencher-me apenas traria estagnação.
Mas preciso arrumar uma ocupação pra minha obsessão que insiste em dizer que aqui dentro tem vazio.
Um vazio que não sabe do que precisa. Um vazio que nada preenche.
É um vazio que aumenta com a ausência dele, mas que não se extingue quando ele está por perto.
Um vazio que não sei quando surgiu. Nem mesmo sei porque ele resolveu surgir.
Mas acontece que agora ele está aqui. E foi ele o culpado do meu texto com espírito natalino não acontecer.
Fácil, né!? É fácil arrumar a quem culpar. Livra-me da responsabilidade.
Engana-me. Fazendo-me acreditar que é possível livrar-me dessa tal de responsabilidade.
E assim eu continuo. Como não sou a responsável, despejo as primeiras palavras que me apontam na língua no primeiro que me aparecer.
Sinto meu coração bater forte. 20 anos e um descontrole inexplicável.
Sinto-me frágil sem ele por perto.
É o medo de que ele aprenda que a vida também pode ser boa sem mim.
É a maldita insegurança que anda sempre comigo. Perto como minha sombra.
E então meu olho começa a encharcar. E eu já não sei como terminar esse texto.
Nem mesmo sei porque o comecei...