quarta-feira, 13 de maio de 2015

E nesses dias frios, tudo fica mais pesado.
Quem dera esse vento gelado congelasse pelo menos metade desses sentimentos desordenados aqui dentro de mim, assim talvez minha cabeça pesasse menos.
Mas isso não acontece. O céu nublado só torna tudo ainda mais anuviado.
Eu tento, mas não consigo enxergar direito. E aquilo que eu enxergo, sempre fico na dúvida de ser o real ou não: essa vista embaçada atrapalha demais.

 Minhas pernas também estão frias, congeladas, paradas. Talvez eu tenha desaprendido a caminhar. Ou talvez eu tenha aprendido tanta coisa que não saiba como usar.
Ou talvez seja só o talvez das incertezas que eu tanto tenho.
Pra que tantas vontades e desejos se minhas pernas são movidas por esse talvez de incertezas que só me faz andar de forma confusa por todos os caminhos!?



Eu ando com vontade de congelar...

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

E quando você sente a rotina da sua vida como algo antinatural, algo que não faz parte de você, ou você enlouquece, ou muda. À beira de enlouquecer, escolhi mudar.
Não gostei daquele caminho, resolvi seguir em outro. 
Acontece que esse caminho é incerto, ainda não desbravado. Tá vendo ali na frente? Não se sabe onde vai parar essa estrada, é impossível enxergar o fim de caminho, não se vê nem mesmo alguns quilômetros a frente. Mas eu escolhi esse caminho.
Entre a certeza da mesmice e a incerteza do novo, escolhi a novidade. E é assim que estou, disposta a novidades, aberta a novas experiências. Quero sentir-me viva! Usar meus conhecimentos para fins satisfatórios, de diferentes formas.
Chega de necessidades mecânicas!
Minhas necessidades precisam ser preenchidas e minhas energias querem seguir seu próprio caminho.
E mesmo que eu não o veja por completo, eu sei que eu tô no meu caminho.

"...Não sei onde eu tô indo 
Mas sei que eu tô no meu caminho..."

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Mais um fim de ano chegou.
Mais um fim. E como eu odeio isso!
Odeio fins. Fins de relacionamentos, fins de vidas, fins do batom e do creme prediletos.
O único fim que eu gosto é o fim do ano, porque sei que no ano seguinte tudo começa de novo. Recomeça.
Meu quarto é entulhado de coisas. São tantas recordações que fica difícil organizar ou liberar algum espaço. Eu gosto das coisas sempre aqui. A meu ver, isso não é gosto pelo passado, é só vontade de presente: quero tudo aqui, ...sempre!
Minha fixação talvez seja no presente. Tenho medo do futuro, por ser incerto e desconhecido. Por isso, tudo tem que ser hoje. Amores, vontades, comidas, prazeres. Pois quem garante o amanhã!? Ninguém, né. Então tem que ser hoje mesmo.
Ééé, fim de ano faz refletir. Mudam etapas, fases, ciclos, ou qualquer que seja o nome dado.
Mudanças.
Mas aquela essência sempre fica. E é isso que por vezes me acalma: tenho em minha essência um pouco de tudo. Tenho em minha memória tudo que compõe minha essência. Mesmo aquilo que termina, em mim existe pra sempre.
Esse é o meu lado belo, e é também o lado que me atrapalha.
Esse lance de manter presente me faz mudar, contorcer-me, e por fim florescer.
Sinto falta do meu cãozinho, sinto falta de algumas amizades, sinto falta até mesmo de roupas.
E assim como o fim, eu odeio sentir falta.
Mas nesse fim de ano, só quero agradecer. Dizer obrigadas a Deus (ou qualquer que seja o nome). Meu ano foi feliz, e minha vida também tem sido. Grandes aprendizados e descobertas de novos mundos. Sinto-me mais corajosa. Consegui até mesmo tomar a decisão de descobrir meu caminho, abrir as janelas pra boa sorte.
É claro que estou amedrontada com esse futuro incerto, mas sei que agora eu sou capaz, e que aqueles que estiveram comigo de verdade, sempre estarão.


"...a fé que você deposita em você e só..."


[21.12.14]

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Ano novo vida nova, né!?
Acho que essa foi a  primeira virada de ano que a minha vida realmente virou.
Quem vê de fora, pode achar que não. Mas nada como o que eu sinto aqui dentro.
Nada como a mudança aqui de dentro.

Perdas e ganhos extremamente significativos. E ainda em andamento!
Mas a parte boa, é que todas as perdas estão se transformando em ganhos.
Aos poucos, as lágrimas estão se transformando em bem estar, em autoestima, em estar bem comigo mesma.
Aos poucos, tudo aqui dentro vai se organizando.
Ao ver uma foto antiga, fiquei perplexa. Enxerguei uma menina linda, quase que desconhecida.
Em minha memória, não lembrava de mim tão bonita.
Pra mim, em nenhum momento eu havia sido assim.
E agora tudo caminha pra ser diferente.

É o meu projeto bem-estar.
Bem-estar bem comigo mesma.
Bem-estar bem por completa.
De agora em diante, tudo limpo e organizado.
Quarto, mente e coração.
Bom, claro que ainda não. Ainda há muita coisa de perna pro ar, como minha estante cheia de papéis, minha mente cheia de ideias perdidas e meu coração todo sufocado.
Mas agora tudo caminha nessa direção
Detalhes como doar roupas que há tempos não uso, esvaziar o guarda-roupa, manter o quarto sempre limpo e arrumado. Clarear e ampliar minha visão.
É assim, com pequenos detalhes, que vou limpando corpo, mente e coração.

Quero olhar pra mim, no presente, e sentir-me linda. Quero estar linda!
E viver todo o bem-estar que eu sei que a vida pode proporcionar.
Estou doida para experimentar todas as cores dessa vida mágica que me espera!


quarta-feira, 12 de junho de 2013

Buscar palavras por sentir necessidade.
Buscar.
Procurar até lá no fundo.
E não encontrar.

Tanta coisa pra dizer!
Tanta coisa pra contar!
Pra reclamar.
Pra exaltar.
Pra desejar.
Pra sonhar.

Tanta gente pra amar!
E eu buscando palavras...

Mas talvez seja isso que me cure.
Talvez sejam elas que me levem.
Afinal, quando não encontro palavras, eu as crio.
Mas quando não encontro atitudes, eu paro.

Mas que ambos corram e fujam pra bem longe daqui!
Pelo menos essa noite, eu só precisa de calma pra dormir...

quinta-feira, 21 de março de 2013

Início do outono...

E ela garante que se esforça.
Tenta controlar-se. Mas não consegue.
Brigadeiros aliviam temporariamente: o doce distrai as lágrimas.
Mas a dor de cabeça continua, e parece que só faz aumentar.
Então a cama passa a ser o lugar mais confortável, e o edredom, o colo mais seguro.
O problema é que ela não se satisfaz com quatro paredes. Ela quer o céu!
Mas mal consegue enxergá-lo em meio a esse tempo cinza.
Que volte o Sol!
E que ele traga de volta o brilho.
Pois Júlia não gosta desse tempo frio, úmido, e cinza.
...
Júlia não gosta de cinza...

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Esse tal "ciclo da vida"...

Estamos tão acostumados e acomodados com esse tal "ciclo da vida" que às vezes nem pensamos sobre ele.
Na verdade, na maioria das vezes não pensamos.
Ultimamente ando preocupada com o meu ciclo, em como arrumar um emprego na minha área e assim consequentemente "arrumar" outros aspectos da minha vida. E nesse pensamento, pensei no meu irmão.
Hoje, aqui em casa, com chuva, um pouco doente, deitada na cama e com tédio, senti a falta dele.
Acho que foi a primeira vez que eu realmente senti a ausência dele, e também acho que seja por isso, por essa falta de pensar. Por essa falta de se deixar pensar.
Pensei no meu irmão e senti a falta dele.
Pensei no seu filho (a) e desejei a chegada dele.
Pensei até no meu sobrinho(a) correndo aqui pela casa e bagunçando todo o meu quarto.
Não deveríamos ser acomodados com esse ciclo.
Essa foi a primeira vez que pensei que aquele menino que mostrava a bunda enquanto meu pai nos filmava e ficava me dando "tapinhas" para aparecer na filmagem, aquele menino que quebrava meus cds da Sandy & Junior, aquele que passava as tardes comigo enquanto nossos pais trabalhavam, vai ter um bebê.
Foi a primeira vez que pensei que aquele cara que me levou pra ver um trote na sua faculdade para eu conhecer como "funcionava", vai ter um bebê. O mesmo cara que me ensinou a tirar os sapatos ao subir as escadas de casa quando eu chegava tarde, para não acordar nossos pais. O mesmo cara que me disse que leite no dia seguinte da uma bebedeira não ajuda em nada, só piora.
O mesmo cara que quando eu comecei a crescer, começou a me ver como amiga e confidente.
Meu irmão vai ter um bebê.
E esse "ciclo da vida" é uma coisa tão incrível, que eu acho mágico meu irmão ter um bebê.
E também acho que deveríamos pensar mais sobre isso, sentir mais esse ciclo da vida e não apenas deixá-lo passar.
Por mais estranho que possa parecer, gostei da ideia de perceber que sinto a falta do meu irmão aqui em casa.
E não vejo a hora de ver aquela coisinha pequena e loirinha correndo pelo quintal de casa. *-*