segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

I

Ela precisava apenas de folhas pautadas e alguma caneta.
E ela tinha isso.
Existem pessoas que procuram terapeutas. Outras que ligam para os amigos. Há ainda as que comem chocolates ou sorvetes, feito americanos.
Julia também era adepta à essas soluções, mas o que lhe resolvia mesmo eram as palavras. E as combinações que elas possibilitam.
Muitas vezes sentia-se frustrada, pois julgava não saber a hora certa das palavras e por isso excluir a poesia de suas prosas. Quando criança, Julia escreveu uma história sobre “Fadas e Duendes”. Escreveu-a no computador. E quando já com alguns capítulos, insatisfeita, ela a deletou. Disse que a recomeçaria, mas nunca o fez.
E assim ela tem feito com várias outras coisas na sua vida.
Mas ela nunca deixou de escrever.
E sempre desejou criar uma história que virasse livro. Mesmo que não fosse vendida em livrarias, sonhava apenas com uma encadernação que fosse assinada por ela.


E essa tarde com o sol tentando aparecer por entre as nuvens, sentada em frente a tevê sem nada para assistir, a instigou a escrever.
Julia sentia organizar sua vida enquanto a transformava em palavras.
E nessa tarde ela sentia sua mente precisar de organização. E clareza.






[...]

Um comentário:

Unknown disse...

escrever....talvez a melhor alternativa de todas!!!