segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Mais um fim de ano chegou.
Mais um fim. E como eu odeio isso!
Odeio fins. Fins de relacionamentos, fins de vidas, fins do batom e do creme prediletos.
O único fim que eu gosto é o fim do ano, porque sei que no ano seguinte tudo começa de novo. Recomeça.
Meu quarto é entulhado de coisas. São tantas recordações que fica difícil organizar ou liberar algum espaço. Eu gosto das coisas sempre aqui. A meu ver, isso não é gosto pelo passado, é só vontade de presente: quero tudo aqui, ...sempre!
Minha fixação talvez seja no presente. Tenho medo do futuro, por ser incerto e desconhecido. Por isso, tudo tem que ser hoje. Amores, vontades, comidas, prazeres. Pois quem garante o amanhã!? Ninguém, né. Então tem que ser hoje mesmo.
Ééé, fim de ano faz refletir. Mudam etapas, fases, ciclos, ou qualquer que seja o nome dado.
Mudanças.
Mas aquela essência sempre fica. E é isso que por vezes me acalma: tenho em minha essência um pouco de tudo. Tenho em minha memória tudo que compõe minha essência. Mesmo aquilo que termina, em mim existe pra sempre.
Esse é o meu lado belo, e é também o lado que me atrapalha.
Esse lance de manter presente me faz mudar, contorcer-me, e por fim florescer.
Sinto falta do meu cãozinho, sinto falta de algumas amizades, sinto falta até mesmo de roupas.
E assim como o fim, eu odeio sentir falta.
Mas nesse fim de ano, só quero agradecer. Dizer obrigadas a Deus (ou qualquer que seja o nome). Meu ano foi feliz, e minha vida também tem sido. Grandes aprendizados e descobertas de novos mundos. Sinto-me mais corajosa. Consegui até mesmo tomar a decisão de descobrir meu caminho, abrir as janelas pra boa sorte.
É claro que estou amedrontada com esse futuro incerto, mas sei que agora eu sou capaz, e que aqueles que estiveram comigo de verdade, sempre estarão.


"...a fé que você deposita em você e só..."


[21.12.14]

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